terça-feira, outubro 31, 2006

E fecha-se o ciclo. Porque deixei de saber quem sou e quem vou passar a ser. Há sempre mais praias. (www.pseudopsicotropico.blogspot.com)

domingo, junho 04, 2006


Sou completamente a favor das minhas epifanias.

sábado, junho 03, 2006

"All that you touch
All that you see
All that you taste
All that you feel
All that you love
All that you hate
All you distrust
All that you save
All that you give
All that you deal
All that you buy
beg, borrow or steal
All you create
All you destroy
All that you do
All that you say
All that you eat
everyone you meet
All that you slight
everyone you fight
All that is now
All that is gone
All that's to come
and everything under the sun is in tune
but the sun is eclipsed by the moon."



É o que eu oiço lá longe, agora, pelas entranhas da cidade de Lisboa, trazidas à terra pela mão de roger waters, em 1973 e hoje.



quiçá a salvação eterna..?

"É nestas terras ermas que se encontra o mundo(...)"

Nas montanhas do desprezo
Nas terras da solidão
O mundo é muito mais belo do que em qualquer outro lugar

Nessas ondas verdes do nada
O tudo se torna absoluto sem razão

E eu ignoro o mundo que não há
Por não haver em mim lugar para ele.

quinta-feira, junho 01, 2006

Em bocadinhos de silêncio
eu faço-te.

Em bocadinhos de silêncio
eu faço-te e desfaço-te.

Num eterno entrançar
de tripas e lágrimas e sangue.
Num infinito enlaçar
de uma dança eternamente
e interminavelmente inacabada.

Numa ferida exangue
que eu te coso e que te mordo

Para, moribundo, no meu leito,
eternamente te demorares

Para nos meus braços
intemporalmente agonizares
como se o amor te prendesse
a esse meu abraço vital.

Como se esse meu aperto letal
fosse, sendo tua morte,
razão da tua vida.

Prometeu Agrilhoado e as Saudades do Palco

Pedro, eu não morro sem voltar a fazer teatro contigo.

Quando puderem vejam Prometeu Agrilhoado, peça de Ésquilo, pelo algarvio te-Atrito, fresquinho e cheio de promessas e sonhos cumpridos.


Tortura chinesa para quem morre de saudades de cada bocado do Palco e das luzes e das vozes que nos saem do estômago e do preto e do vermelho e do azul e da cerveja que rega bastidores e das roupas e dos olhares e do público que nos fulmina e que nós fulminamos, dos risos, do escuro, do escuro antes do início dos inícios, dos passos das pessoas a entrar na sala, da respiração, do ar, do cheiro a pó dos panos velhos e de tudo. E de ti, Pedro, e das pessoas todas que trazes atrás de ti e contigo. Porque gosto de invadir bastidores, mas gosto ainda mais que mos invadam a mim. De me sentir importante. De sentir que aquilo é tudo. Naquela sala ou noutra qualquer.

Um dia escrevo-te uma história. Uma que tu gostes de ler ainda mais do que as outras. Uma história de teatro. Ou não. Ou simplesmente uma história de nada e de tudo. Sem barbas e sem meninas.

Até mais um dia destes, em que te encontre no Palco, ou com uma cerveja na mão. Com a tranquilidade de quem não tem nem precisa de lei nem ordem nenhuma. Como eu te invejo e idolatro. Abraços.

quinta-feira, março 30, 2006



No silêncio parvo da ignorância,
na vontade de não dizer dizendo,
Eu me elevo em arrogância,
mas ignoro a elevância
e caio redonda, gemendo.

E na vossa mesquinhez toda
de supor que, não a tendo,
podem devorar com ela o mundo,
já sem tecto falso onde por as patas,
escorregam e vociferam
e se enfiam pelo vácuo adentro.

E na ilusão toda deles,
que por serem Homens de vísceras,
têm a mesmíssima Sorte de cair sempre,
se desiludindo constantemente,

acabamos todos, simplesmente, no buraco.




há duas aulas de anatomia atrás,em plena crise claustrofóbica